domingo, 11 de julho de 2010

Copa do Mundo 2010



Com o final da Copa do Mundo de 2010 ficamos com recordações de várias imagens, alguns belos gols (poucos na verdade), várias jogadas, diversos erros de arbitragem (esses foram muitos), as uníssonas vuvuzelas, a jabulani, a bola que de tanta gente falar mal parecia que ia ser quadrada.

Ocorreram boas disputas entre as seleções, e isto me fez perceber um tipo de confronto que ocorreu diversas vezes nesta Copa da África 2010, que foram os vários jogos envolvendo as antigas metrópoles colonizadoras e suas antigas colônias.

Tivemos o jogo entre a Inglaterra e os Estados Unidos, sendo que este, como todos sabem, conseguiu sua independência da Coroa Britânica (a Inglaterra faz parte do Reino Unido da Grã-Bretanha) em 1776. Outro jogo de metrópole versus antiga colônia foi entre o Brasil e Portugal. Mas nenhuma outra nação teve tantos confrontos desse tipo, nesta Copa do Mundo, como a Espanha.

Ainda na chamada “fase de grupos”, a Espanha jogou contra sua antiga colônia na América Central, Honduras, e no jogo seguinte enfrentou o Chile, que era sua colônia até o início do século XIX. Logo na fase seguinte ocorreu um confronto que não pode ser taxado de metrópole versus antiga colônia. Mas era de dependência administrativa. Era o confronto da União Ibérica, no jogo entre Portugal contra a Espanha.

A União Ibérica foi o período em que os reis da Espanha reinaram sobre Portugal após a morte do rei português Dom Sebastião, sem que o mesmo tivesse deixado herdeiros. Portugal só voltou a ser independente após a guerra de Restauração, com a ascensão da dinastia de Bragança ao trono português.

No jogo de quartas de final ocorreu outro jogo em que a Espanha confrontou uma antiga colônia, que no caso foi no jogo contra o Paraguai.

Parecia que este tipo de jogo (ex-metrópole X ex-colônia) havia terminado. Porém a Final da Copa foi disputada entre a Espanha e Holanda, sendo que a Holanda já ficou submissa ao controle espanhol. No século XVI, devido a vários casamentos dinásticos a Holanda acabou “caindo” sob administração da coroa espanhola. A Holanda só veio a recuperar sua independência após a revolta das províncias protestantes do norte, com a ascensão da casa de Orange ao poder.

Poderiam acontecer outros jogos entre antigas colônias e seus colonizadores, como Gana contra a Alemanha, ou a Costa do Marfim jogando contra a França. Mas quem sabe isso venha a ocorrer em outra Copa do Mundo.

No mais, parabéns a Espanha pelo titulo da Copa da África 2010...

Cleber “Icarus” Roberto

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Vampiros, Medo e fascínio ao longo dos tempos.




Desde o livro Drácula de Bram Stoker, quando foi descrito nesta literatura a estória do vampiro, conde Vlad Dracul, e com o sucesso atual da série Crepúsculo, vemos o surgimento de “um ser” conhecido não somente nós tempos atuais, mas que ao longo da história consegue levar deslumbre para muitas pessoas, mas que também foi sinônimo de medo e terror no folclore de muitos povos.

A primeira menção a um ser sobrenatural que se alimentava do sangue de suas vitimas foi Akhkharu, na Suméria, e na babilônia existia o mito do Ekkimu, um morto-vivo que saia de sua tumba para alimentar-se do sangue de quem estava próximo do local.

Muitos outros mitos sobre mortos – vivos que se alimentavam de sangue surgiram em outras regiões. Na Europa existia diversas alusões sobre este ser.  Na Bulgária tem-se o Vorkolaka, o Nelapsi é o ser hematófago (que se alimenta de sangue) na Europa Central. Na Ásia se encontram mitos do Chiang-Shih na China e do Algul nos países árabes.

Mas no ocidente o grande representante deste ser, o vampiro moderno, surgiu com a obra literária do escritor irlandês Abraham Bram Stoker, Drácula, lançada em 1897. Muito se comentou se inspiração para o autor foi o a biografia do nobre Vlad Dracul, da Transilvânia (atual região da Romênia), sendo que o mesmo recebera o título de Draculea (filho do dragão). Após a sua morte o nobre Vlad recebeu a alcunha de Tepes, empalador, devido a utilização deste método de tortura contra seus inimigos. Contudo a vida de Vlad Dracul não foi a fonte de inspiração para Bram Stoker, que planejava colocar o título de sua de “Conde Vampiro”, e a utilização da vida de Vlad na sua obra surgiu após o início da mesma.

No cinema o primeiro grande filme sobre vampiro foi Nosferatu, filmado em 1922. Sendo o cinema um lugar profícuo para estas produções, entre elas pode ser citado: Son of Dracula (1943), Dracula: Prince of Darkness (1966), Drácula de Bram Stoker (1992), Entrevista com o Vampiro (1994), Blade, O caçador de vampiros (três filmes 1998, 2002 e 2004), e a saga Crepúsculo (iniciado em 2009).

São diversas as séries de televisão, livros, e demais “produto de consumo” em que os vampiros são os personagens principais, e isso demonstra que este ser, do morto – vivo,  estava, e ainda se encontra, presente no imaginário social.

Cleber "Icarus" Roberto