segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Decreto de Cristina manda reescrever História argentina

Historiador aliado vai dirigir novo instituto e dar 'reconhecimento adequado' a certos personagens

ARIEL PALACIOS, CORRESPONDENTE / BUENOS AIRES - O Estado de S.Paulo

BUENOS AIRES - O governo da presidente Cristina Kirchner determinou por decreto que o Estado argentino comandará uma revisão oficial da História do país. Para isso, criou o Instituto Nacional de Revisionismo Histórico Argentino e Ibero-Americano Manuel Dorrego, que dependerá da Secretaria Federal de Cultura e funcionará com fundos públicos.

Estado argentino comandará uma revisão oficial da História do país - Marcos Brindicci/Reuters
Marcos Brindicci/Reuters
Estado argentino comandará uma revisão oficial da História do país

A entidade que reescreverá a História argentina será comandada pelo historiador Mario Pacho O'Donnel, declarado admirador dos caudilhos argentinos. Ela também será integrada por ministros do gabinete presidencial, jornalistas alinhados ao governo e líderes políticos.

O decreto determina que o objetivo do instituto será o de "estudar, investigar e difundir a vida e obra de personalidades e circunstâncias destacadas" da História argentina "que não tenham recebido o reconhecimento adequado no âmbito institucional". No decreto, a presidente Cristina condena a História "escrita pelos vencedores das guerras civis do século 19".

O instituto terá o nome de Manuel Dorrego, governador da Província de Buenos Aires em 1820 e novamente entre 1827 e 1828. O governador fuzilado em 1828 (considerada a primeira morte política da História da Argentina) sempre fascinou a presidente. Em diversas ocasiões, Cristina comparou-se a Dorrego, afirmando que sofre "fuzilamentos midiáticos".

Revisionismo. Desde o início do governo do ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007), a Casa Rosada criou feriados com alusões históricas. Foi o caso do feriado de 24 de Março, o "Dia da Memória pela Verdade", para recordar a data do golpe militar de 1976. O governo ignora a data em que o país voltou à democracia, 10 de dezembro de 1983 - segundo a oposição, porque o primeiro presidente civil da democracia foi Raúl Alfonsín, da União Cívica Radical (UCR), partido rival dos peronistas.

Nos últimos anos, o kirchnerismo incentivou manifestações contra a imagem do presidente Julio Argentino Roca (1880-86 e 1898-1904), protagonista na conquista da Patagônia (incluindo o massacre de dezenas de milhares de indígenas). Roca, um conservador que admirava a Europa, é considerado um "genocida" por integrantes do governo, que defendem a retirada de suas estátuas. O governo Kirchner, entretanto, considera o ditador Juan Manuel de Rosas (1835-52) um "herói", embora tenha protagonizado campanhas militares contra indígenas do sul da Província de Buenos Aires.

Fonte: O Estadão

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

A pioneira entre os mestres


Nascida há 144 anos, essa polonesa se tornou a primeira mulher a ganhar, sozinha, um Prêmio Nobel. Em homenagem à pesquisadora, a Unesco proclamou 2011 o Ano Internacional da Química

por Pascal Marchetti-Leca

Maria Salomea Sklodowska nasceu no dia 7 de novembro de 1867, em Varsóvia. Filha da Polônia e súdita do czar, sua vida parecia condenada à resignação, assim como a de todas as suas compatriotas. Quem, às margens do rio Vístula, se preocupava então com a emancipação feminina e com a igualdade entre os sexos?

Para piorar, seu país estava sob o domínio de São Petersburgo, e a Polônia inteira tremia sob a bota do czar de todas as Rússias. Diante desse panorama, nada predispunha Maria a desafiar o status quo. No entanto, sob a couraça da força de vontade, ela acabou por mostrar ao mundo outra concepção de protesto, outro modo de reivindicar.

Ainda jovem, descobriu as armas que estavam ao alcance de seus compatriotas – as bibliotecas, não as barricadas – e a atitude com a qual deveria encarar a vida: um profundo respeito pelo próximo, o controle sobre os sentimentos e uma dignidade inquebrantável.

Universitário obcecado pela poesia, o pai, Wladislaw Sklodowski, era professor de física em uma escola de Varsóvia. A mãe, Bronislawa, dirigia um internato para moças na cidade. O casal teve cinco filhos: Sofia, Bronislawa (apelidada de Bronia), Helena, Josef e Maria.
Mais informações vejam no site indicado, lá consta toda a incrivel biografia deste genialidade feminina.

História entre quatro paredes


Houve um tempo em que as mulheres brasileiras eram obrigadas a se enfear e os homens precisavam dormir de lado, nunca de costas, para evitar “a concentração de calor na região lombar”. Estes e outros casos íntimos estão agora reunidos pela historiadora Mary del Priore no livro “Histórias íntimas – sexualidade e erotismo na História do Brasil”, da editora Planeta, que mostra como o sexo se transformou de um assunto abolido para um tema perene na atual sociedade.A sexualidade e a noção de intimidade foram mudando ao longo do tempo seja por questões políticas, econômicas ou culturais. Mary, que dedicou 15 anos ao tema, narra as histórias com uma riqueza de detalhes capaz de fazer o leitor invadir a intimidade de casais de cinco séculos atrás, abordando temas como nudez e pudor, hábitos de higiene, afrodisíacos, crendices, homossexualidade e prostituição, além do surgimento da lingerie e do biquíni, de remédios caseiros para aborto até os bailes de carnaval e, enfim, a revolução sexual. “Se antes o sexo era proibido, hoje ele é obrigatório. Atualmente gozar tornou-se praticamente um dever das pessoas”, conta.

Exemplo de cimaEnquanto nos séculos XVII e XVIII a mulher era vista como venenosa, traiçoeira e ninho dos pecados sob a Terra – visão propagada pela Igreja –, no século XIX o adultério passou a ser um assunto debatido. Graças, em parte, aos exemplos que vinham de cima – ou seja, da família real e, mais precisamente, do imperador Dom Pedro I. Entre os “súditos”, “fazia-se amor com a esposa quando se queria descendência; o resto do tempo era com a outra”.A “descoberta” do corpo feminino, no século XX, se deu, segundo Mary, em grande parte ao incentivo aos exercícios físicos, o trabalho nas ruas e a aceleração das cidades, fazendo com elas passassem a se expor publicamente. Uma das curiosidades é que a pílula anticoncepcional chegou a ser vista como instrumento norte-americano para conter o povoamento das nações latinas. Passo a passo das relações sexuaisO livro traz ainda um documento inédito da coleção Rio Nu, considerada a primeira revista masculina publicada no Brasil – que chegava até a ensinar recém-casados a ter relações sexuais. Para a autora, a descoberta compôs a tríade necessária para compor um bom livro de História: que seja instrutivo, divertido e traga alguma novidade.“Essencialmente, o livro mostra as duas caras do Brasil. Uma coisa é o que nos mostramos em público, e outra completamente oposta é o cidadão na vida privada, com sentimentos machistas e homofóbicos que perduram há 500 anos. Na intimidade, estamos muito longe de sermos libertários”, argumenta Mary.

Abertas as inscrições para seleção de novos membros da Revista Historien


Com o intuito de dar continuidade nas atividades da Revista Historien, a atual equipe abriu a seleção para os novos membros que irão atuar nas áreas de: Editoração, Revisão, Arte e Design e Comunicação. Os interessados devem enviar emails para revista_historien@ig.com.br até o dia 22/12/2011 informando a área em que deseja atuar, além de:

Nome;

Período do curso;

Número da matrícula;

Endereço;

Contatos (Email e telefone).

E um texto de 1000 caracteres respondendo às perguntas: “Porque participar da revista e quais os seus objetivos caso seja escolhido”. Os candidatos escolhidos pela solicitação via e-mail serão entrevistados por membros do Conselho Editorial e membros da Equipe de Editoração; o resultado será publicado no blog da revista e no portal www.revistahistorien.com

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Fotos exibem lado afetuoso dos donos do poder

Na exposição preparada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o espectador poderá ver o abraço afetuoso de Getúlio Vargas em seu pai, um momento de reflexão de João Goulart em uma fazenda no Rio Grande Sul e o beijo de Costa e Silva em sua neta, Carla Costa e Silva. Para funcionar como legenda das fotografias, há textos de correspondência familiar e diários. O material dá uma dimensão muitas vezes desconhecida da vida privada dos homens que foram importantes na vida política do país.Quintino Bocaiúva, um dos mais importantes republicanos na virada do século XIX para o XX, é personagem secundário em uma foto: em visita ao cemitério, parentes se reúnem em torno do seu túmulo e ganham destaque ao posar para a câmera — cada um faz ao seu modo um gesto formal para registrar o momento fúnebre. Hoje, essa situação seria no mínimo estranha diante da mudança da relação das pessoas com a fotografia. O documento póstumo do único civil a cavalgar com o Marechal Deodoro para proclamar a República também está no Espaço Cultural FGV.— São vários os momentos em que o comportamento das pessoas muda diante do suporte da fotografia. Um interessante é o da invenção da Kodak. A primeira vez em que eu tomei contato com esse fato foi em um diário da filha do Assis Brasil (militar). Ela dizia que estava aproveitando a visita de vários políticos ao pai para tirar algumas fotos, pois o filme acabaria logo. As primeiras máquinas da Kodak já vinham com o filme dentro, com mais ou menos cem fotos cada uma, e, para que ela pudesse ter novamente a câmera disponível para fotografar, teria antes que mandá-la para Rochester, nos Estados Unidos. Lá, eles iriam imprimir as imagens, colocar um novo filme e mandar tudo de volta — conta a historiadora Regina da Luz, também curadora da exposição.A seleção do material não foi baseada na qualidade técnica da imagem. "A especificidade da foto — seja pelos tipos nela representados ou por sua composição e até mesmo por sua relação com o conjunto selecionado — justifica sua inclusão", diz a apresentação de "Álbuns de família: a vida privada no acervo do CPDOC". Embora haja essa advertência, Regina da Luz se disse impressionada pela qualidade do material selecionado:— Foi bastante impressionante ver como são boas as fotos doadas pelas famílias.A entrada da exposição é gratuita e ocorre até o dia 2 de janeiro no Espaço Cultural FGV (Rua da Candelária 6, Centro). Fica aberta de segunda a sexta, das 8h às 22h, e sábado. das 9h às 18h. Veja algumas imagens em




A história incrível dos gêmeos negros albinos



A história dos dois irmãos negros albinos de Roanoke, estado da Virginia nos EUA, é única, mesmo no mundo dos circos de shows bizarros. Eles foram exploradas e, mais tarde aclamados por seu papel no início da consolidação dos direitos civis. Os irmãos Eko e Iko (nomes reais: George e Willie Muse) têm uma das histórias mais notáveis na história do circo dos horrores.
Tudo começou de forma bem dramática em 1899, quando foram sequestrados por caçadores de recompensa de circos de horrores por causa de sua aparência única. Albinos negros, algo extremamente raro, logo se transformaria em uma atração extremamente lucrativa. Para sua mãe disseram que eles estavam mortos e que nunca mais voltariam para casa.
Em 1922 os irmãos começaram a turnê no circo do inescrupuloso e mulherengo Alpheus George Barnes, o Al G. Barnes Circus, que mais tarde acabaria por se fundir com Ringling Bros. and Barnum & Bailey Circus de propriedade de um dos homem mais desprezíveis que já calcou a Terra, Phineas Taylor Barnum.
Para acentuar ainda mais sua aparência incomum, os irmãos tiveram que deixar o cabelo crescer com um incomum dreadlocks branco para aquela época. Foram apresentados como os canibais brancos equatorianos Eko e Iko. Mais tarde foram rebatizados de "Homens Cabeça de Ovelha" e mais tarde visando atrair multidões passaram a se chamar "Os Embaixadores de Marte".




Alpheus George Barnes não pagava nada aos irmãos, só recebiam um prato de comida por dia e dormiam em um quarto imundo. Assim os dois acabaram indo parar no circo de Barnum e durante uma turnê em 1927, a mãe os reconheceu e exigiu que fossem liberados ou iria processar o circo.
Eles foram soltos, mas retornaram para o show dos horrores em 1928, desta vez com um contrato que lhes garantiu uma pequena fortuna se apresentando em locais como o Madison Square Garden para mais de 10.000 pessoas. Seu novo contrato permitia que eles vendessem souvenires e tinham participação majoritária nos lucros dos shows. Em 1930 eles excursionaram pela Europa, Ásia e Austrália e se apresentaram para membros da realeza e dignitários, incluindo a rainha da Inglaterra.
Em 1937 foram contratados a peso de ouro pelo Ringling Bros. and Barnum & Bailey Circus e ali ficaram durante vários anos. Finalmente terminaram a carreira em 1961 no Clyde Beatty Circus. Os irmãos voltaram para sua cidade natal e viveram, como sempre faziam, juntos em uma casa que haviam comprado originalmente para sua mãe. Nenhum dois se casou apesar de ficarem muito conhecidos por seus extravagantes namoros.
George Muse morreu em 1971 e muitos esperavam que logo Willie fosse seguir seu irmão, eram inseparáveis. Estavam errados. Willie continuou a tocar seu bandolim na varanda todas as tardes e desfrutou da companhia de amigos e da família até sua morte na Sexta-Feira Santa de 2001. Ele tinha 108 anos de idade.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Comissão aprova regulamentação da profissão de historiador



A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público aprovou proposta que regulamenta o exercício da profissão de historiador. De acordo com a proposta, historiador é o profissional responsável pela realização de análises, de pesquisas e de estudos relacionados à compreensão do processo histórico e pelo ensino da História nos diversos níveis da educação.
O texto aprovado é o Projeto de Lei 7321/06, do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), que tramita apensado ao PL 3759/04, do ex-deputado Wilson Santos. A relatora, deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), recomendou a aprovação do projeto apensado, com emenda, e a rejeição do projeto principal. Segundo ela, os projetos regulam a matéria em termos análogos, mas o PL 7321/06 não obriga o Poder Executivo a criar conselho de fiscalização do exercício profissional, como faz o PL 3579/04 – o que é inconstitucional. “Tais conselhos são considerados autarquias especiais e só podem ser criados por meio de lei de iniciativa do Presidente da República”, explica.
O PL 7321/06 prevê, porém, a inscrição do historiador em conselho de fiscalização do exercício profissional. A emenda da relatora retira essa previsão.

Profissionais habilitados


Segundo o projeto, poderão exercer a profissão de historiador no País:


- quem tiver diploma de nível superior em História, expedido no Brasil, por instituições de educação oficiais ou reconhecidas pelo governo federal;
- os portadores de diplomas de nível superior em História, expedidos por escolas estrangeiras, reconhecidas pelas leis de seu país e que revalidarem seus diplomas de acordo com a legislação em vigor;
- os diplomados em cursos de mestrado ou de doutorado em História, devidamente reconhecidos;
- os que, na data da entrada em vigor desta lei, tenham exercido, comprovadamente, durante o período mínimo de cinco anos, a função de historiador.
Para exercerem as funções relativas ao magistério em História, os profissionais deverão comprovar formação pedagógica exigida em lei.


Atividades


A proposta também define as atividades e funções dos historiadores, entre elas:
- planejar, organizar, implantar e dirigir serviços de pesquisa histórica, de documentação e informação histórica;
- planejar o exercício da atividade do magistério, na educação básica e superior, em suas dimensões de ensino e pesquisa;
- elaborar critérios de avaliação e seleção de documentos para fins de preservação;
- elaborar pareceres, relatórios, planos, projetos, laudos e trabalhos sobre assuntos históricos;
- assessorar instituições responsáveis pela preservação do patrimônio histórico, artístico e cultural (museus, arquivos, bibliotecas).

Tramitação

A matéria segue para a análise, em caráter conclusivo, da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:

PL-3759/2004
PL-7321/2006

Reportagem – Lara Haje

Edição – Regina Céli Assumpção

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Cientistas usam raio - x para não precisar dissecar múmia


Sem recorrer a ferramentas intrusivas, cientistas usaram raios-x e exames de tomografia computadorizada para revelar novas informações sobre uma múmia egípcia de 2 mil anos."É possível obter uma grande quantidade de informações com o uso de imagens médicas, sem danificar artefatos de valor incalculável, diferentemente dos estudos da década de 1960, quando se abriam as múmias", disse Sarah U. Wisseman, especialista em múmias da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, que lidera a pesquisa juntamente com um patologista, um radiologista e um antropólogo físico.A múmia era de uma criança que viveu no período greco-romano da história egípcia, entre 332 a.C. e 395 d.C. Wisseman e seus colegas escanearam a múmia em 1990 - descrevendo-a em seu livro "The Virtual Mummy" (Illinois, 2003) - e novamente este ano, já que a tecnologia se aperfeiçoou nos últimos anos.O crânio da criança estava rachado. Embora já se soubesse disso pelos exames antigos, novas imagens revelam que a rachadura é muito pior do que se pensava. "Há uma pedaço extra de osso empurrado para dentro da cavidade craniana", afirmou Wisseman. "Ainda não sabemos o que ocorreu antes ou depois da morte".As novas imagens também mostram que provavelmente havia uma mecha de cabelo de um lado da cabeça - algo visto em retratos romanos daquela época. A mecha era um sinal de status, indicando que a criança era de uma família abastada. Sustentando essa hipótese, os tecidos que envolvem a múmia contêm elementos dourados e pigmento vermelho importado da Espanha.O sexo da criança ainda é um mistério. A pélvis está danificada e as mãos cobrem a região genital.Wisseman apresentou as descobertas nesta semana num simpósio sobre múmias na universidade.FONTE: ig.com

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Mês da Consciência Negra

No Ano Internacional do Afrodescendente, o mês de novembro ocupa o lugar de protagonista nas celebrações em torno da memória do afrodescendente no Brasil. Em razão do Dia da Consciência Negra, comemorado no dia 20 (quando teria morrido o quilombola Zumbi dos Palmares), museus e universidades de todo o Brasil preparam uma agenda especial para que se reflita sobre o tema.

Rio de Janeiro e Niterói

Em Niterói, Rio de Janeiro, “Ordem e ruptura em debate – escravidão e alforria” reúne especialistas numa discussão sobre libertação dos escravos no México, Brasil e África, nos dias 8 e 9. Entre os palestrantes estão Alberto da Costa e Silva, Hebe Mattos, Ismênia de Lima Martins, José Flávio Motta, Marcus Carvalho e Sidney Challoub. O evento ocorre no auditório do PPGH do campus do Gragoatá da UFF, Bloco O, Sala 1, 5º andar.Do outro lado da Baía de Guanabara, a Fiocruz sedia “Aventuras e desventuras do estudo sociológico de um tema historiográfico: o caso do movimento pela abolição da escravidão no Brasil”, no dia 10. O evento terá a participação de Angela Alonso (professora do Departamento de Sociologia da USP) e Kaori Kodama (professora visitante da COC). Para comparecer basta se dirigir ao prédio da Expansão do campus da Fiocruz, na Av. Brasil, 4036, sala 407, às 10h.

Brasília

Em Brasília, uma exposição de fotografia traz sob o ponto de vista do fotógrafo amazonense Jimmy Christian a tradição quilombola no Sudoeste da Bahia. “Arraiais dos negros” é resultado de um período em que o artista passou nas cidades de Barra e Bananal retratando comunidades que ainda preservam bastante sua tradição africana. A mostra fica em cartaz até o fim do mês no Anexo IV da Câmara dos Deputados, com visitação de segunda a sexta, das 9h às 18h.

Bahia
Como foi apontado na matéria “Declaração à africana” da edição de outubro da RHBN, Salvador será mexida pelo Encontro Ibero-Americano do Ano dos Afrodescendentes, que ocorre entre 16 e 19 deste mês. A discussão vai abordar a realidade afrodescendente na América Latina, contando com a participação de vários grupos juvenis e do movimento negro, inserindo-se no programa estadual “Novembro negro”, que apoia este e mais uma série de eventos por toda a Bahia.Minas GeraisEm Ouro Preto, o Museu da Inconfidência organizou uma agenda que atravessa o mês. Na quarta-feira, 16, será exibido o filme “Atlântico negro, na rota dos orixás”(1998), que discute as relações entre Brasil e África, com enfoque na religião. Na segunda, 21, o destaque é a palestra “O legado de Chico Rei e reinado de Nossa Senhora do Rosário e Santa Efigênia”, ministrada por Kátia Silvério Augusto, terceira capitã do Congrado de Santa Efigênia – na sequência da apresentação, o filme “Chico Rei” (1985). Já no dia 25 será inaugurada a mostra “A presença do negro e a formação de Vila Rica – cultura e religiosidade”, no prédio anexo do museu. Para ter acesso à programação completa do mês no Museu da Inconfidência, acesse http://www.museudainconfidencia.gov.br/.

São Paulo
Uma programação especial também foi montada pela Pinacoteca do Estado de São Paulo que, até o fim de novembro proporciona um conjunto de atividades ao público que vai de apresentações teatrais a palestras e exposições. “Africanofagias paulistanas” é inspirado na antropofagia de Oswald de Andrade, que ao ver o Brasil como uma espécie de boca que tudo come lançou as bases para entendermos a nossa cultura. O próximo evento que ocorre na Pinacoteca já é no dia 12 e se chama “Negro paulistano me tornei, na metrópole que adotei” – uma palestra sobre personalidades negras que migraram para São Paulo, apresentada pelos professores Lígia Ferreira (Unifesp), Flávia Rios, Nelson Inocêncio (Unb) e Maria Aparecida Lopes (UFT).
FONTE: revistadehistoria