sábado, 26 de maio de 2012

Fontes & Narrativas

Jé está disponível a 6º edição da Revista Acadêmica Historien, que traz a temática 'Fontes & Narrativas'. A edição foi lançada dentro da Semana Acadêmica de História da Universidade de Pernambuco - Campus Petrolina, na última terça-feira, dia 22 de maio. Não deixem de conferir em: www.revistahistorien.com

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Resumo do PRIMEIRO DIA da Semana Acadêmica de História- UPE- 2012

No dia 22 de Maio, ocorreu na Universidade de Pernambuco Campus Petrolina, o primeiro dia da Semana Acadêmica do curso de licenciatura em História que trouxe como tema: Narrativas, Fontes e Abordagem. A Conferência de abertura foi realizada com o palestrante Dr.Antonio Paulo Rezende (UFPE) que discutiu: As Histórias e a Contemporaneidade, Novos significados. Durante a conferência o professor sublinhou a importância da afetividade como componente da História e, a importância do historiador na sociedade. Ao longo da semana várias atividades estarão sendo realizadas como: minicursos,oficinas,mesas redondas e simpósios temáticos em torno da produção científica  e pesquisa dos próprios acadêmicos.A programação do evento vai até o dia 25 de Maio que acontecem no auditório da Universidade e no pavilhão do curso.

Por Juliana Rodrigues Alves

terça-feira, 22 de maio de 2012

SEMANA ACADÊMICA DE HISTÓRIA


SEMANA ACADÊMICA DE HISTÓRIA INICIA NESTA TERÇA NA UPE CAMPUS PETROLINA

Com o objetivo de Promover a discussão sobre narrativas, fontes e abordagens da história entre os graduandos da UPE, pesquisadores e professores da escola pública e particular da região do Vale do São Francisco, apontando encaminhamento para novas pesquisas e possibilidades de novas formas de abordagem da história, o colegiado de Licenciatura Plena de História do Campus UPE – Petrolina promove a sua SEMANA ACADÊMICA de 22 a 25 de Maio.
            Na abertura do evento, terça feira, às 19 h, no auditório do Campus,  o Professor renomado da Universidade Federal de Pernambuco Dr. Antônio Paulo Resende fará uma conferência com o tema “As histórias e as multiplicidades das Fontes”.  A Vice-Presidente da Associação Nacional de História – ANPUH, também participará da programação na quarta feira a tarde abordando a temática “O uso das Fontes nos Livros didáticos”. A programação segue nos outros dias da semana com mesas redondas, minicursos, oficinas, simpósios temáticos e outras  conferências.
            As inscrições poderão ser feitas até o inicio do Encontro na própria UPE – Campus Petrolina.


Por: Prof. Ms. Moisés Almeida
Coordenador do Curso de História.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Biblioteca Virtual 2 de Julho disponibiliza acervo em comemoração ao centenário do ex-governador Antônio Balbino


A partir deste mês, a Biblioteca Virtual 2 de Julho acrescenta ao seu acervo, na sessão de Edições Especiais, informações, fotos e textos alusivos às comemorações pelo centenário do ex-governador do estado da Bahia, Antonio Balbino (1912-2012). Os conteúdos e as referências bibliográficas sobre o centenário Antonio Balbino podem ser acessadas via internet, no endereço eletrônico www.bv2dejulho.ba.gov.br, de forma gratuita.
Criada em 2011, com a finalidade de atender ao pesquisador e ao internauta, disponibilizando serviço especializado de documentos históricos da Bahia, a Biblioteca propõe-se a publicar gratuitamente livros, periódicos eletrônicos, artigos, resenhas e eventos. Além de informações em geral, enviadas pelos usuários, com o objetivo de fomentar a produção de conhecimento e agregar informações referentes à História da Bahia.
A Biblioteca Virtual 2 de julho oferece ainda ao usuário um calendário de eventos com todas as datas históricas da Bahia. Além de uma relação de sites e blogs especializados sobre o tema. E a coleção especial sobre o Dois de Julho, apresentando os personagens cívicos.

quinta-feira, 17 de maio de 2012


CONGRESSO SOBRE LIVRO, LEITURA E LITERATURA NO SERTÃO 


Se estenderá até o dia 20 de maio o PRIMEIRO CONGRESSO INTERNACIONAL SOBRE LIVRO, LEITURA E LITERATURA NO SERTÃO, com a participação de professores, pesquisadores, poetas de renome internacional. A abertura contou com a presença de Ariano Suassuna, dandouma aula show aos participantes. Ao longo da semana várias atividades foram realizadas e todas as noites haverá encerramento com uma programação cultural. Confirmada pra hoje a presença de Jessier Quirino.
Diferentemente de outros eventos literários, o CLISERTÃO vem estabelecendo uma relação afetiva, multicultural e de intercâmbio entre os convidados nacionais, internacionais e locais como parte das ações, indo além das apresentações literárias ou das palestras, penetrando no Brasil profundo, no Brasil dos Sertões, através de intervenções descentralizadas em espaços urbanos, comunidades rurais e tradicionais da região, além das discussões acadêmicas em torno do livro, leitura e literatura, coordenadas pela Universidade de Pernambuco.
Ao mesmo tempo, a partir do CLISERTÃO, a Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco fomenta a criação de uma Rede do Livro, Leitura e Literatura na Região, envolvendo os três eixos do setor nas discussões em torno da produção e de políticas públicas para o livro.As atividades do CLISERTÃO se desenvolverão nos eixos Livro, Leitura e Literatura em diversos espaços da cidade de Petrolina.
PRAÇA CIÊNCIA
Espaço destinado para a apresentação de trabalhos acadêmicos, localizado no campus da Universidade de Pernambuco, voltado para estudantes e professores universitários de todo o Brasil, interessados em discutir questões ligadas à leitura e à literatura.
ECOLEITURAS
Recitais poéticos e sessões de leituras realizados em espaços que promovam o contato do público com a exuberante natureza da região do São Francisco e com manifestações da cultura sertaneja.
BIBLIOTECA MUNICIPAL CID CARVALHO
Espaço dedicado à programação infantil do Clisertão, com atividades de contação de histórias, teatro de bonecos e brincadeiras sertanejas antigas. Também na Biblioteca acontece o minicurso de criação dos planos municipais do livro, leitura e literatura, além do Encontro de Escritores do Vale.
O Evento é aberto ao público em geral e maiores informações poderão ser obtidas pelo site: clisertao.com. A promoção é da UPE Campus Petrolina e da FUNDARPE.
Por. Prof. Moisés Almeida – Comissão Organizadora do evento.

sexta-feira, 11 de maio de 2012


Mais antigos calendários maias descartam fim do mundo em 2012


WASHINGTON, 10 Mai 2012 (AFP) - Uma equipe de arqueólogos descobriu os calendários astronômicos maias mais antigos de que se tem notícia e que descartam o fim do mundo em 2012, revelou um estudo publicado nesta quinta-feira, 10, nos Estados Unidos.
A descoberta se deu durante as escavações em uma casa, no sítio de Xultún, na Guatemala e, contrariando a crença popular, não dá qualquer indício de que o fim do mundo ocorrerá este ano, afirmou o arqueólogo William Saturno, da Universidade de Boston, que chefiou a expedição e a escavação.
"Os antigos maias previram que o mundo continuará e que em 7.000 anos as coisas serão exatamente como eram então", acrescentou Saturno.
Em um dos quartos da residência, os muros estão cobertos de hieroglifos, com símbolos
gravados na pedra e que na maior parte representam números de cálculos relacionados aos diferentes ciclos do calendário maia.
Trata-se de um calendário cerimonial de 260 dias, do calendário solar de 365 dias, bem como do ciclo anual de 584 dias do planeta Vênus e do de 780 dias de Marte, enquanto os demais acompanham as outras fases lunares, explicou.
Os hieroglifos são do século IX, isto é, centenas de anos mais antigos que os calendários dos Códices Maias, que foram registrados em livros de 1300 a 1521.
Segundo Saturno, as inscrições parecem a tentativa de alguém para decifrar um grande problema matemático, como se um muro fosse um quadro negro. "Pela primeira vez podemos ver quais são os dados guardados por um escriba, cujo trabalho era o de guardar os dados na comunidade maia", explicou Saturno.
"O mais excitante é a revelação de que os maias se dedicavam a fazer cálculos durante centenas de anos e em locais diferentes dos livros, antes que fossem gravados os Códices", que representam os arquivos desta civilização pré-colombiana, em grande parte destruída pelos conquistadores espanhóis, afirmou Anthony Aveni, professor de astronomia da Universidade Colgate (Nova York, nordeste), co-autor deste estudo.
Até mesmo nos 31 quilômetros quadrados do sítio de Xultún, que se situa no centro da selva onde dezenas de milhares de pessoas viveram no passado, descoberto há mais de 100 anos, a casa onde o calendário foi encontrado só foi identificada em 2010. Os cientistas afirmam que as escavações que revelaram as pinturas internas, que incluem figuras humanas usando vestimentas com plumas, são os primeiros exemplos de arte maia no interior de uma casa, como destaca David Stuart, professor de arte meso-americana da Universidade do Texas, em Austin (sudoeste), que decifrou os hierogrifos.
"É estranho que as descobertas de Xultún existam", afirmou Saturno. "Estas inscrições e trabalhos de arte nos muros não se conservam bem nos terrenos baixos dos maias, especialmente em uma casa enterrada apenas um metro sob a superfície", acrescentou.
Os trabalhos serão publicados nesta sexta-feira da revista americana Science e na edição de junho da National Geographic.
Fonte: O Povo

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Historien Acontece


   Da esquerda para a a direita, os professores Pablo Magalhães,
Yoporeka Somet, Rafael Lins e Jacques Depelchin.

Nesta quarta-feira, dia 09/05, durante os eventos que fazem parte do 2º seminário de estudos afro-brasileiros e indígenas, na Universidade Estadual de Feira de Santana, os professores Pablo Magalhães, editor-chefe da Revista Historien, e Rafael Lins, da revista A Pala, realizaram uma entrevista com o prof. Yoporeka Somet, um dos maiores egiptólogos da atualidade e conselheiro da Academia Escolar de Nancy-Metz, França. O sr. Somet veio ao Brasil para participar do referido seminário, com uma conferência sobre a Filosofia egípcia e uma oficina sobre escrita hieroglífica, tema no qual está realizando seu pós-doutorado. Na ocasião da entrevista, esteve presente o prof. Jacques Depelchin, um dos principais organizadores do evento e grande amigo do sr. Somet.


A entrevista completa será veiculada nas próximas edições da Revista Historien e Revista A Pala, mas, em breve, trechos serão postados aqui no Blog e no nosso Portal.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

NA SECA, SEM PÃO E NO CIRCO




Por Moisés Almeida[1]



Sempre ouvi um ditado popular que “depois da tempestade vem a bonança”. Esperar pela bonança depois de uma tempestade de braços cruzados, será o mesmo que seduzir-se pela falsa promessa que vai “chover dinheiro”. Mais uma vez estamos esperando não a tempestade passar ou até mesmo chegar, pois nem de longe vai dar sinal de sua graça, mas sim a famigerada seca que teima em ficar. Lembro-me que há trinta anos, em 1982, o semiárido nordestino também esperava pelo sinal de bonança do céu. Foi “uma seca da moléstia”. Três décadas se passaram e os institutos de pesquisa confirmam que “retornamos ao tempo” e o sertanejo volta a experimentar “sua vida sem pão e água”. Previsão dos adivinhadores de chuva? Não. À Ciência se encarregou de confirmar que secas são cíclicas e o que passou deverá voltar, não só agora em 2012, como em outros anos futuros. Novamente, os depósitos para armazenar água estão ficando vazios: açudes, caldeirões, cisternas, barreiros; animais estão sendo vendidos a preço vil e água sendo cobrada até R$ 800,00 o pipa. Sim, o carro pipa voltou, para continuar sustentando a tão famosa INDÚSTRIA DA SECA. Li uma notícia no blog que assim dizia: “No Mercado do Produtor de Juazeiro, a saca de 60 quilos do feijão, que costumava variar entre R$ 100 a R$ 120, agora custa em média R$ 270,00. Com isso, o quilo do produto para o consumidor final, nas feiras e mercados, já ultrapassa R$ 5,00”. O feijão de corda deverá custar em breve R$ 10,00. Os preços vão subir gradativamente e o famoso caderno das bodegas e armazéns nas vilas, povoados e cidades do semiárido aumentarão suas linhas de despesas. O fiado vai valer muito nesta época.

Na penúltima semana do mês de abril o governo anunciou que vai disponibilizar R$ 2.723.000.000,00 (dois bilhões, duzentos e setenta e três milhões de reais) para as famigeradas ações emergenciais de combate a seca e ajuda às populações atingidas no Nordeste e Minas Gerais. Os últimos dados apontavam que mais de 500 municípios no Brasil já tinha decretado esse estado. A Bahia, por exemplo, ocupa quase 40% desse número, com cerca de 199 municípios calamitados.

Em Notícia publicada no Blog de Geraldo José no dia dez de abril, o leitor Vivaldo Ribeiro de Macedo informou o seguinte: “No interior a situação já muda, pois às vezes temos 20 famílias para uma cisterna que comporta a base de 16 mil litros isso quer dizer que são mais ou menos 800 litros de água por família para gasto mensal que darão 13 a 14 baldes mais ou menos.” Imaginem viver durante os trinta dias do mês com apenas treze a quatorze baldes de água. Por sua vez, no Blog de Carlos Britto no dia dezenove de abril, saiu a seguinte notícia: “No município de Dormentes, [...] o quadro é aflitivo na comunidade de Lagoas, a 48 km da sede, onde é possível testemunhar uma grande quantidade de peixes morrendo devido à pouca, ou quase nenhuma, água nos barreiros e barragens da região.”

Mais uma vez ouviremos palavras como cesta básica, bolsa família, carro-pipa. Esmolas infelizmente necessárias em tempos difíceis e previsíveis. Por que o governo não se preparou para enfrentar essa situação penúria? Mais uma vez teremos que ver a imagem do Nordeste sendo contrastada com o verde da irrigação em horário nacional? O Nordeste será reinventado nos mesmos moldes de antigamente e o refrão doloroso da música “Asa Branca” de Luiz Gonzaga soará com hino do sertão?

Moro em Petrolina desde 1970 e sou abençoado por essas águas do Rio São Francisco. Às vezes comento que para a maioria dos moradores urbanos, até parece que não existe seca. O município tem 4.756,8 Km2, sendo que 4.585 Km2 fica na Zona Rural (compreendendo a área de Sequeiro – caatinga, área ribeirinha – margem do Rio São Francisco e área irrigada – projetos de irrigação). Sobre essas três áreas, a de sequeiro é a maior, compreendendo cerca de 3.300 Km2, formada por quase quatro mil pequenas propriedades, onde predomina a criação de pequenos animais e a agricultura, atividades que dependem diretamente das chuvas. Em termos de população constituímos a maioria, mesmo morando numa área bem pequena. Porém, somos irmãos e não devemos nesse momento pensarmos que o problema não é conosco, com toda Petrolina.

Preocupa-me bastante nesse momento de estiagem os recursos que serão gastos pelos poderes públicos em festas juninas. Comeremos o milho verde de onde mesmo? Das áreas irrigadas. Porém, ficaremos felizes ao assarmos o milho sabendo que nossos irmãos se contentaram com suas folhas secas? Algumas cidades na Bahia cancelaram as suas festas juninas: Caldeirão Grande, Irecê, Lapão, João Dourado entre outras não usurparão os cofres públicos em benefício da festa (Circo). Muito acertada também as decisões do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia e Ministério público, que vão fiscalizar as despesas com as festas juninas e não vão acatar gastos nos mês de junho, caso essas cidades tenham decretado o estado de calamidade pública.

Fiquei extasiado com essa notícia que retirei do site da Prefeitura Municipal de Petrolina: “A Prefeitura Municipal de Petrolina divulgou na última sexta-feira (27), na capital baiana, Salvador, algumas atrações confirmadas para o São João 2012. O lançamento da programação aconteceu na casa de shows Café Bahia Hall. Nomes como Geraldo Azevedo, Dominguinhos, Jorge de Altinho, Flávio Baião, Targino Gondim, Garota Safada, Joquinha Gonzaga, Flávio Leandro, Mastruz Com Leite, Limão com Mel, Paula Fernandes, Victor e Leo, dentre outros, devem passar pela cidade entre os dias 15 e 30 de junho.” Quantos milhões vão gastar, ainda não anunciaram. Podem até justificar que parte dos recursos são frutos de parcerias. Mas por que não fazer parcerias para amenizar o sofrimento dos nossos irmãos?

Estão proclamando o maior São João de todos os tempos, em tempos de crise, é claro. Enquanto nossos irmãos soçobram na área rural, esbanjaremos alegria, felicidade, amor e paz. Quanta ironia num tempo que a história se repete, como na Roma Antiga da política “panem et circenses” (Pão e Circo). “Este método era muito simples: todos os dias havia lutas de gladiadores nos estádios (o mais famoso foi o Coliseu) e durante os eventos eram distribuídos alimentos (trigo, pão). O objetivo era alcançado, já que ao mesmo tempo em que a população se distraia e se alimentava também esquecia os problemas e não pensava em rebelar-se. Foram feitas tantas festas para manter a população sob controle, que o calendário romano chegou a ter 175 feriados por ano.” (CITADO EM VÁRIOS TEXTOS, 2012).

Então, nossa querida Petrolina vai brilhar durante quinze dias, “NA SECA, SEM PÃO E NO CIRCO”. E o povo “deitado eternamente em berço explêndido” se regogizará com a grandiosidade da festa. Porém, nem mesmo perguntará porque tantos dias, artistas e atrações famosas. Será o “distraído” da persuação oficial e sequer questionará por acaso, que interesses existem por trás de um evento tão espetacular. Não vai compreender que em ano eleitoral a crise não existe, “porque dos filhos deste solo és mãe gentil”. E o pior, podem até comer do PÃO, porque o CIRCO está garantido, e a SECA, a cesta básica e o carro pipa resolvem, nesta pátria amada, idolatrada, Brasil.






[1] Mestre em História e Professor Assistente da UPE e FACAPE.