sábado, 26 de fevereiro de 2011

Dois gigantes da América


Leia a abertura do dossiê Brasil e Estados Unidos, que mostra a relação e como os dois países se veem mutuamente

“A paixão dominante é a especulação, o espírito público. O dinheiro é a única virtude que ambicionam”. A frase é do diplomata Hipólito da Costa, cravada sem meias palavras em seu diário de viagem à Filadélfia, em 1799.

Este juízo sobre os norte-americanos volta e meia aparece entre nós, ou melhor, quase sempre. Poderia ser inveja dos primos ricos, diriam uns, ou apenas implicância entre irmãos, diriam outros. Mas se focarmos os dois países com mais atenção – nem é preciso uma lupa muito grande –, logo surge a dúvida: e por acaso somos parentes?

Há semelhanças entre eles: nasceram no mesmo continente, foram colônias de europeus, baseadas no sistema escravista, são gigantes em termos territoriais... Mas as diferenças também existem, e são muitas, a começar pela língua. Um exame de DNA talvez pudesse identificar ancestrais comuns. Neste caso, onde foi que nos perdemos um do outro? Ou será que nunca estivemos juntos?

Dossiê Brasil e Estados Unidos contém artigos e a reportagem sobre as diferenças e similaridades entre os dois países, além de abordar questões como religião, escravidão, religião, imigração e sistema eleitoral. Na edição de março, nas bancas.

fonte:http://www.revistadehistoria.com.br/v2/home/?go=detalhe&id=3640

Encontrada a cabeça do rei Henrique IV


Na última terça feira, dia 15 de dezembro, cientistas fizeram um anúncio nada convencional: parece que finalmente a cabeça do rei Henrique IV da França, assassinado em 1610, foi identificada. O crânio mumificado do monarca desapareceu em 1793, em pleno Terror jacobino, quando revolucionários franceses violaram os túmulos da família real na basílica de Saint-Denis, próxima a Paris.

O crânio mumificado do monarca ficou perdido até 1919, quando apareceu em um leilão de antiguidades identificado somente como “cabeça de um nobre”. Desde então, a peça já foi arrematada por vários colecionadores particulares, que nunca fizeram ideia do que exatamente tinham em mãos.

Os métodos usados pelo grupo de especialistas para comprovar a autenticidade do objeto são mais curiosos ainda: primeiro, os cientistas usaram radiação para datar a cabeça, que comprovadamente tem cerca de 400 anos. Em seguida, os estudiosos atentaram para dois detalhes que sempre apareceram nos retratos de Henrique IV: o monarca tinha uma verruga no nariz e usava um brinco na orelha direita. A análise da cabeça mumificada mostrou que o morto também tinha esses dois atributos. Por fim, uma reconstrução em 3D mostrou que o rosto do falecido é muito semelhante a todas as representações conhecidas do monarca francês.

Henrique IV, “o Grande”, foi assassinado por um fanático religioso católico chamado François Ravaillac. Revoltado com a promulgação do Edito de Nantes, que concedia liberdade religiosa aos protestantes franceses, o regicida esfaqueou o monarca em sua carruagem durante uma aparição pública em Paris.
Fonte:http://www2.uol.com.br/historiaviva/noticias/encontrada_a_cabeca_do_rei_henrique_iv.html

Os sertões depois da guerra


Ação divulga a cultura musical de Canudos Velho, na Bahia, com exposições, mostras de cinema e venda de discos
Cristina Romanelli

Durante suas peregrinações pelo Nordeste, Antônio Conselheiro (1830?-1897) atraiu muitos sertanejos e fundou a comunidade conhecida como Canudos, no interior da Bahia, em 1893. A região ficou famosa pela guerra que dizimou sua população entre 1896 e 1897, mas a cultura local acabou quase esquecida de lá pra cá. Uma das exceções é a ação Sons de Canudos, que desde 1994 divulga tradições da região em apresentações pelo país, mostras de cinema, festivais e exposições. O trabalho foi um dos ganhadores do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade 2010, do Iphan.

O projeto lida principalmente com os talentos musicais da região, como as bandas de pífanos, que tocam uma flauta tradicional e já gravaram oito discos desde 1996. A mais famosa é a Banda de Pífanos de Bendegó, que tem entre seus ancestrais um músico da época de Conselheiro. “Mais de cem pessoas participaram do projeto. Muitas delas já tocavam instrumentos, mas nós ajudamos a profissionalizar esse trabalho. A música hoje é um meio de gerar renda”, conta Marcelo Rabelo, presidente da Associação Sociocultural Umbigada, que coordena a ação. Embora as tradições sejam antigas, os jovens também estão inseridos. O grupo A Zabumba de Canudos Velho, só com jovens na faixa dos 20 anos, vai gravar seu primeiro disco ainda este ano.

Saiba Mais - Internet

Sons de Canudos
http://www.sonsdecanudos.com.br/

Fonte: http://www.revistadehistoria.com.br/v2/home/?go=detalhe&id=3580

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Site "O Vulgarisador" encontra- se Online

Em 2008 o projeto de pesquisa A história da divulgação da ciência no Brasil oitocentista através d´O Vulgarisador: jornal dos conhecimentos úteis recebeu apoio da FAPERJ. O jornal encontra-se micro filmado na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. O objetivo do projeto era analisar um determinado periódico que tinha por principal meta a divulgação ou a vulgarisação da ciência para utilizar um termo do século XIX. Por vulgarisação se entendia o esforço de levar a ciência para os leigos, os divertindo e ensinando ao mesmo tempo.


Atualmente, observa-se uma crescente preocupação com os estudos sobre as formas de circulação e apropriação da informação científica, no caso da presente pesquisa foi dada especial atenção às imagens do jornal em questão. Como um dos resultados deste projeto de pesquisa, foi criada essa página na internet, cujo eixo principal é dado pelas imagens do periódico.


Narrar a história da divulgação da ciência a partir de imagens ainda é algo pouco explorado no Brasil. Nos periódicos do século XIX a circulação de imagens era intensa e os editores nem sempre faziam referência às fontes de origem, o que se constitui em um desafio para o historiador atual. No presente site se poderão ver alguns casos em que se conseguiu rastrear a origem da gravura publicada no jornal.


O uso das imagens como documento abre para novas dimensões à interpretação da história, permitindo aprofundar a compreensão do universo simbólico. Neste sentido, o leitor verá cinco temáticas analisadas a partir das imagens deste periódico, tais como, a apresentação do jornal, os Estados Unidos enquanto modelo de nação moderna, a disciplina da botânica e objetos de ciência e tecnologia. Cada tema terá sua imagem chave que abrirá para os conteúdos da pesquisa. O site disponibiliza a versão digitalizada do jornal tal como se encontra na Biblioteca Nacional, o leitor observará que faltam algumas páginas.


Tribunal de Nurembergue vira museu


Em 18 de outubro de 1945 iniciava- se, em Nurembergue, o histórico processo de julgamento dos principais nazistas. Mais de 65 anos depois, exatamente no mesmo local, a famosa sala 600 do Palácio de Justiça da cidade alemã, está sendo inaugurado um museu.

O espaço de 750 m² onde foi instalado o Tribunal Militar Internacional, com uma sala de audiência ainda em atividade, é ocupado agora por uma mostra com fotografias, registros em áudio e documentos sobre o processo, no qual o mundo todo assistiu, com horror, à comprovação dos atos de terror praticados pelos nazistas. Está tudo detalhado nos atos e documentos exibidos.

Álem do grande julgamento dos mais notórios representantes do regime,  foram analisados ali processos complementares contra altos funcionários da polícia, médicos, banqueiros e industriais que tiveram alguma participação nos crimes. Muitos foram condenados à pena de morte, outros, à reclusão perpétua. Os julgamentos de Nurembergue inspiraram livros e filmes no mundo todo. 

Fonte: Revista História Viva, Ano VIII, Nº 88