Descoberta sugere que o mal pode ser mais comum do que se acreditava
O primeiro caso conhecido de obstrução arterial ou arteriosclerose foi encontrado na múmia de una princesa egípcia que viveu 1500 anos antes de Cristo, indica um estudo apresentado neste domingo (3) em uma conferência de Cardiologia realizada nos Estados Unidos.
Os pesquisadores sabem há muito tempo que os antigos egípcios sofriam de arteriosclerose, mas a última descoberta sugere que o mal pode ser mais comum, e misterioso, do que se acreditava anteriormente. Gregory Thomas, da Universidade da Califórnia, explica:
- Normalmente, pensamos que as doenças na artéria coronária e do coração são uma consequência do estilo de vida moderno, principalmente, porque está em expansão nos países em desenvolvimento na medida em que se ocidentalizam. Estes dados indicam um vínculo que faltava em nossa compreensão das doenças cardíacas, e podemos não ser muito diferentes de nossos ancestrais.
Os pesquisadores realizaram tomografias computadorizadas em 52 múmias egípcias para determinar se sofriam de arteriosclerose.
A mais antiga delas é a de uma princesa egípcia que, provavelmente, viveu entre 1580 e 1550 AC, e que pode ter morrido com 40 anos, segundo acreditam os pesquisadores.
Apesar de os antigos egípcios terem mantido uma dieta mais balanceada, com menos carne, e de não fumarem, sofreram com a mesma doença dos homens modernos.
Isso não significa que as pessoas devam ignorar as pesquisas modernas, disse o co-autor do estudo, Adel Allam, da Universidade Al-Azhar do Cairo.
- Os estudos recentes revelam que não fumar, manter uma pressão arterial mais baixa e um nível reduzido de colesterol reduzem a calcificação de nossas artérias. Podemos deduzir com este estudo que os humanos são predispostos à arteriosclerose, o que nos obriga a tomar as medidas necessárias para evitá-la ao máximo.
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Fonte: R7 Notícias
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