segunda-feira, 10 de outubro de 2011

III Seminário Internacional Sobre Capitalismo Burocrático.


Acontecerá no Auditório da Universidade de Pernambuco – Campus Petrolina, de 24 a 27 de outubro próximo, o III Seminário Internacional Sobre Capitalismo Burocrático na Explicação do Subdesenvolvimento e do Atraso Social, visando consolidar o diálogo entre os diversos pesquisadores do campo das Ciências Sociais para aprofundar a compreensão da realidade social de países de capitalismo atrasado.

Para os organizadores, a implantação do Capitalismo Burocrático atendeu a necessidade de exportação de capitais das grandes economias capitalistas e não da transformação radical da realidade político-econômico-social das nações subdesenvolvidas. O Capitalismo Burocrático desenvolveu-se “via reforma”, sem transformar revolucionariamente a realidade agrária das nações dominadas pelo imperialismo. Os países de Capitalismo Burocrático apresentam uma realidade onde o modo de produção se assenta em subjacentes relações semifeudais de produção, e até mesmo em relações mais anacrônicas como a escravista. Este conjunto de questões estão diretamente relacionadas com a atual realidade brasileira, mais uma vez confirmada pelo Censo Agrário do IBGE (publicado em 2009), que revela o aumento da concentração de terra e de renda no no país.


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Um comentário:

  1. O III Seminário Internacional Sobre o Subdesenvolvimento e o Atraso Social,
    ocorrido na Universidade de Pernambuco (Campus Petrolina),
    contou com a participação de mais de 150 estudantes, professores
    e pesquisadores da UPE.

    Os principais temas discutidos foram sobre a necessidade de uma concepção,
    científica do mundo e da categoria marxista do Capitalismo Burocrático
    como ferramenta de estudos e análise da realidade de países dominados
    pelo imperialismo e os principais problemas causados pela dominação:
    - a miséria de milhões de trabalhadores do campo e da cidade;
    - o problema agrário;
    - as relações de semifeudalidade consequência do predomínio do latifúndio,
    da semiservidão e do coronelismo.

    Os relatos dos estudantes sobre a realidade local
    nos mostraram relações de trabalho semisservis
    nas áreas rurais de Petrolina; grande quantidade
    de pessoas vivendo em condições de pobreza e miséria,
    apesar de Petrolina apresentar indicadores de crescimento econômicos elevados,
    resultado da exportação de frutas para o mercado internacional.
    Atividade bastante lucrativa a custa do trabalho de milhares de
    Nordestinos migrantes do Ceará, Maranhão, Piauí e outros estados, que para Petrolina
    migraram em busca de melhores condições de vida na chamada "Califórnia Brasileira".

    No final do seminário foi formado um grupo de estudos e pesquisas sobre Capitalismo Burocrático no Departamento
    de História da UPE, com o principal objetivo de estudar e pesquisar as relações sociais atrasadas que
    ainda dominam no campo e nas cidades do Brasil.

    Nazira Camely
    professora do departamento de
    economia da UFF

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